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Como escolher puxadores, fechaduras e maçanetas

22/02/2016

Com o tempo e o constante abre-e-fecha, puxadores, maçanetas e fechaduras se desgastam e chegam a deixar a casa vulnerável. Além disso, apesar de representarem apenas um detalhe na ambientação, peças fora de moda ajudam a denunciar a idade da moradia. -Não adianta renovar um espaço inteiro e deixar que maçanetas obsoletas envelheçam o visual- afirma a arquiteta Giselle Macedo. Ao estudar novas opções para portas internas e externas, leve em conta tanto os aspectos técnicos – a exemplo de material, durabilidade, nível de segurança e acessibilidade – quanto os estéticos – como desenho, acabamento e harmonia com a decoração. Confira as respostas para as principais dúvidas que aparecem na hora da compra.

Como substituir o modelo atual?

Se sua intenção for trocar o conjunto de maçaneta e fechadura, na maioria das vezes vendidas juntas, cheque a compatibilidade: o equipamento novo deve se encaixar nos furos existentes e cobrir as marcas deixadas na superfície da porta pelas peças de acabamento, que podem ser o espelho (placa que une maçaneta e fechadura) ou as rosetas (circulares e pequenas). Esse cuidado é necessário por causa do risco de haver diferença nas distâncias e nos tamanhos das aberturas onde são instaladas a maçaneta e a fechadura – até as dimensões da lingueta podem variar. Nem mesmo usando itens de um só fabricante você está a salvo dessa diversidade. Assim, além de medir a espessura da porta, leve o utensílio velho à loja, compare-o com o novo e peça orientação.

Modelos

É mais fácil acionar os modelos do tipo alavanca, alongados, que os de globo ou ovais. Logo, os primeiros primam pela acessibilidade e são ideais para idosos e portadores de necessidades especiais. Entretanto, é preciso pensar no perfil de cada família. -Se houver cachorro no local, dependendo do porte, ele consegue abrir a porta caso a maçaneta seja retilínea- alerta Giselle.

Puxador

Ele é usado no lugar da maçaneta em portas de correr e em modelos pivotantes (quando a folha gira sobre um eixo), mas não aciona a fechadura – na primeira situação, ela deve ser do tipo bico de papagaio e, na segunda, rolete. -Costumo empregar o puxador em portas de entrada, onde se destaca. Nesses casos, é possível ousar com peças grandes, de pelo menos 30 cm de extensão- afirma a arquiteta.-Para assegurar o conforto, é importante que a área da pegada esteja a cerca de 1 m do chão- completa Giselle.

Materiais de maçanetas e puxadores

Os mais comuns são o zamac (liga de zinco, alumínio, magnésio e cobre), o latão (composto de zinco e cobre), o alumínio e o aço inox. Cada vez mais popular, o zamac tem como característica o baixo custo, contudo é contraindicado para regiões de maresia. No litoral, o alumínio, o aço e o latão resistem melhor à oxidação. Ao se decidir por um modelo, verifique o nível de resistência à corrosão, obrigatório na embalagem.

Nível de segurança das fechaduras

São realizados testes de resistência, que também fazem parte da normatização. O grau de segurança pode ser leve, baixo, médio, alto ou máximo, mais uma informação que deve vir descrita na embalagem de fechaduras para portas externas, internas e de banheiro. No caso de fechaduras externas, é recomendável utilizar os graus alto ou máximo, que dificultam arrombamentos. A tecnologia também vem para auxiliar nesse aspecto, pois as fechaduras eletrônicas, que funcionam com senhas ou biometria (identificação com base em características físicas do usuário, a exemplo de impressão digital), começam a pesar menos no bolso. E fica a ressalva: porta, batente e dobradiças, aliados a uma fechadura adequada, devem formar um conjunto de qualidade para propiciar proteção.

Durabilidade

A norma técnica classifica os padrões de uso em leve (suficiente para portas residenciais), médio (indicado para escritórios) e intenso (para portas em ambientes de grande circulação de pessoas, como hospitais). A regra não se estende aos puxadores, já que não se movimentam, porém sempre vale para a fechadura. Informe-se, ainda, sobre a garantia oferecida pelo fabricante, que pode alcançar os dez anos.

Para as arquitetas Daniella e Pricilla de Barros, de São Paulo, a escolha deve ser coerente com o estilo dos espaços. -Não adianta fazer um projeto moderno e trabalhar com uma maçaneta convencional- defende Daniella. A arquiteta Giselle Macedo conta que, para manter a unidade visual geralmente elege um só modelo para todos os ambientes internos de uma casa.

Fonte: Casa.com.br
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